sábado, novembro 11, 2006

Se eu passo onde quero e estaciono onde me apetece qual o sentido de abrir a rua?

A coerência do nosso executivo camarário é uma coerência especial, daquela que não existe.
Os comerciantes do bairro novo queixam-se de que a excessiva área pedonal prejudica o comércio e afasta as pessoas do centro.
O executivo camarário entende que não. Que os figueirenses é que são preguiçosos, que podem perfeitamente deixar os carros no parque das gaivotas e não devemos pactuar com esse comodismo, devemos mudar hábitos.
Pois hoje os magníficos da Av. Saraiva de Carvalho foram ao casino à tarde, para lá chegarem os seus motoristas passaram por ruas empedradas apenas destinadas a moradores, cargas e descargas.
Ora não me consta que tão ilustre elenco more pelo Bairro Novo, quanto à carga que representam na despesa que todos pagamos vamos tendo uma ideia, mas chamar-lhes descarga, nem eu me atreveria.
Então Duarte & Companhia, não era suposto terem deixado os carrinhos no parque das gaivotas e ter ido a pé para o casino? Hoje nem sequer chovia, nem estava vento e frio. Fica-vos tão bem o exemplo. Mas claro, não há nada como uma exibição de poder, não é qualquer um que avança por aquelas ruas num carro com motorista.
Claro, já me esquecia, enquanto Duarte & Companhia estiveram no casino, e estiveram lá muito tempo, os carros, certamente por serem tão magníficos, estiveram em exibição, estacionados em rua empedrada, pertinho, pertinho do casino, porque como já tinham demonstrado os amos, não podiam andar.
dass

2 comentários:

Jorge Ortolá disse...

O exemplo deve começar de cima, mas ao que parece daí... só mau exemplo.

Anónimo disse...

O exercício do poder é uma actividade difícil. Exige ética, racionalidade e competência.
Pelo post, verificamos que estes senhores não preenchem nenhum destes requisitos.

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