domingo, agosto 03, 2014

Tourada na Figueira da Foz

Hoje há tourada na Figueira da Foz. Hoje há animais sacrificados e feridos não para comer, não com o menor sofrimento possível, mas em nome de uma tradição cultural. 
Enquanto não houver, em Portugal, touradas em que não se espetem os touros, e em que o vermelho do seu sangue se misture com lindos fatos e longos aplausos, sou absolutamente anti-touradas. Mas sou também absolutamente contra movimentos anti-tourada que agridam pessoas ou animais em nome deste valor.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sou de opinião que as touradas se mantenham. Não me incomoda o vermelho sangue-de-boi do animal. Nem acho que haja grande diferença entre o frango, o camarão, a sardinha, a vaca, o porco e o boi. Só que alguns chegam-nos à mesa processados. Não lhe vemos a “cara”. Não temos já que matar uma galinha, depená-la e fazermos a cabidela. Nem esfolar um coelho e curtir-lhe a pele. Somos ricos, urbanos, vivemos na parte de cá do Mundo, podemos ter escrúpulos e condoermos-nos com os animais.
Mas como não há almoços grátis, alguém tem de sofrer para que possamos manter o nosso nível de vida. Há um factor que é determinante na política e na guerra, é a população. Por exemplo Israel com uma taxa de 17,71 nascidos por 1000 habitantes e Gaza com 38,90. Mais do dobro. Mesmo a matá-los como os israelitas matam, eles brevemente serão mais.
Daqui a algum tempo, os explorados por esse mundo para que possamos manter o nosso nível de vida, pedirão-nos contas . Aí se calhar, lá teremos que voltar a criar a galinha e porcos e a tê-los presos com um baraço para que não fujam. Nessa altura se formos esfolados, bem o merecemos.
Poderíamos continuar e chegar ao post anterior. Os que estão acorrentados em Guantanamo, são seviciados em nome do nosso bem-estar. Mas um pontapé num esquilo (achava eu que não havia esquilos no deserto, mas na América há de tudo) é motivo de celeuma cibernética. Preferia assistir à tourada sabendo que pelo menos o meu semelhante, não era escalpado.
:)

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