quarta-feira, outubro 31, 2007

Micro-Política

Há pontos geográficos com micro-clima, na Figueira da Foz, usamos mais a micro-política.
O PSD local proporciona momentos inéditos de vereadores dissidentes que se unem à oposição, de retirada de poderes presidenciais, de guerras de assessores, de repetição de actos eleitorais, de portas e janelas fechadas com direito a arrombamento, pagamento de quotas por multibanco ou vale postal, duplicação de cadernos eleitorais... e nunca esquecer a necessária presença figueirense no congresso, houve lugar para todas as partes desta luta local. O importante é marcar pontos. Ficaram famosos os telefonemas em directo do congresso laranja, o emplastro tinha ficado de férias no Porto e como tal foi substituído por laranja, não do Algarve, mas da Figueira. A certa altura temi que aparecesse um cartaz a dizer «Figueira, estou aqui!».
Não fosse este, infelizmente, um local de micro-política e teríamos uma oposição coesa, a construir uma alternativa. Mas a originalidade já não é o que era. Também deste lado encontramos guerras com vereadores que ficam e que saem, com a junventude partidária, com a liderança da concelhia. Se tudo isto já era parecido com o cenário belicoso pintado a laranja, a admiração pela proximidade sobe de tom, quando as divisões rosa acompanham, no seu traçado, as fronteiras desenhadas pelas duas facções do PSD local.
Eu proponho um novo partido figueirense. Em vez de PPD-PSD ou PS, aconselharia vivamente um PS-D, tentei outras siglas como LLPC, ou PPCJET, mas PS-D ganhou!

1 comentário:

Rato disse...

Esta desgraçada nota, como a culpa, morria solteira! Apontamentos políticos, ou são de fabricantes de opiniões, ou ninguém lhes liga. A política local ainda é pior que a nacional, penso que de política nada tem. É uma gestão de interesses pessoais e grupais feita por políticos no geral de fraca qualidade. Deveria interessar ao habitante da localidade, mas eu próprio me penetencio, dá-me asco. A gente elege um artista que passados dias manda às urtigas a defesa dos nossos interesses e usando a legitimação do voto assalta o poder, privatiza, desbarata, vende, vende-se,... São obviamente generalidades, mas numa questão de saúde pública e de atropelo de direitos elementares, não foi o Presidente de Sintra que deu a cara à luta, foi uma presidente de junta de freguesia. Houvesse vergonha e quando fosse da distribuição das comendas no 10 de Junho, era ela que lá estaria, e não outros. Ela juntamente com outros que ousam lutam contra monopólios, AbeL Mateus por exemplo, a SENFIN também. Se calhar vou ver o Vítor Constâncio ser medalhado por não ter conseguido descobrir o artíficio dos arredondamentos, mas conseguir descobrir o rigor centésimal do défice!!

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