Então a estória dessa triste figura que, quer queiramos quer não se inscreve na nossa história, rezou assim:
- Olhos pouco abertos de pisco, que ninguém sabe se tem pestanas;
- uma bandeira portuguesa ao lado que se desconhece se é lavada a seco, ou se é made in China;
- não tivemos a visão da mesa pé de galo (que desta vez invocou tudo menos espíritos);
- quanto àquele formato de lábios pouco há a fazer é só o horror pode dizer;
- o homem está velho, carcaça e velho, mas isto não é defeito (que da lei da vida ninguém escapa, já de bons negócios com acções do BPN só alguns se privilegiam);
- falou desses portugueses que fazem Portugal (ainda se lembrou a tempo);
- do orgulho, como convém;
- mais uma vez é o único que conhece o país real (dassss que aí vêm mais uns roteiros, que fazem correr tinta como textos herméticos);
- nem uma palavra para as cagarras. O que me pareceu injusto;
- nem uma palavra para famintos, sem abrigo e crianças na miséria (o que me pareceu coerente);
- pelo menos uma vez disse a palavra diáspora (que agora é assim, que se fala de quem foi lá para fora ganhar a vida, ou foi daqui escorraçado, não a salto);
- nem Maria, nem presépios;
- e falou de tudo e nada.
E sobre a mensagem que comentário? O mesmo que o de todos, foi a última mensagem de Ano Novo de Cavaco.
Adeus, não se demore V. ex.a. e vá empacotando os tarecos e os presépios.
2 comentários:
eheheh, dasss que vai embora sem saudades
eheheh, dasss que vai embora sem saudades
Enviar um comentário