segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Para mim: Quinta de Santar ou Cabriz, por favor!

Andava com a ligeira sensação de assalto de cada vez que chegava a conta das Águas da Figueira, sim, porque raio hei-de pagar de dois em dois meses cerca de 25 a 29 euros se não tomo banho no escritório, não lavo roupa ou louça por lá, e nem a água que bebo é da torneira?
Hoje, finalmente, resolvo olhar para as parcelas descritivas:
Consumo de água = €1,19, tal como eu esperava, baixo.
Saneamento = €0,59
O que significa que a minha conta de serviços/consumo não ascende a dois euros. Onde estão os outros 23? Resposta: 15 euros e uns trocos de taxa de disponibilidade e sete euros e qualquer coisa de Taxa de Resíduos Sólidos Urbanos.
Fiquei feliz, para dois euros de serviço, pago 23 euros de taxa!
Ah e só para pagarmos conscientes de que estamos mesmo a ser chamados de muito estúpidos: a Taxa de Disponibilidade substituiu o chamado «aluguer de contador», que foi considerado um abuso sobre o consumidor. Muda-se o nome e já está!
dass

4 comentários:

Anónimo disse...

Dói, não dói?
Deixe de pagar, e recorra ao café mais próximo.
Em que ficou o movimento de sublevação contra as tarifas abusivas?
Alguém sabe?

Anónimo disse...

Ficou em...nada. Soube-o agora.
O MP junto do TAF, na senda de outras luminosas asserções, conclui que a tarifa de disponibilidade, ainda que mais não seja do que o fenecido ( pelos vistos reencarnou!) e aberrante "aluguer de contador", radica a sua existência no papel de corrector de injustiçãs sociais. Eu explico.

O Distinto Procurador, conhecedor que será da realidade turístico-imobiliária da Figueira, entende que uma imensa fatia do parque imóvel Figueirense, está nas mãos da classe alta (sic) de Coimbra, que aqui tem 2ª e 3ª habitação. Se assim é, já que não lhes vamos ao bolso pela água que (não) consomem, lá chegamos pela tarifa. Pois, faz sentido. E os outros Senhor Procurador? “Calma meu rapaz”, diz-me ele. Os que aqui residem a tempo inteiro, em casas que nem chegam a 1ª habitação ( por pertencerem a outros, entenda-se), deveriam estar profundamente agradecidos à Águas da Figueira e à classe alta de Coimbra, conquanto pagariam bem mais se não fossem eles. ( Juro que é isto que se extrai do despacho!!!!). Ou seja, as “classes modestas” ( palavras dele!) da Figueira pagam uma taxa de disponibilidade para impedir que os senhores das classes altas de Coimbra, paguem tuta-e-meia por terem água corrente em casa.
Logo -concluo eu -, a culpa da DASS pagar 2 “aérios” de água, e um balde deles de taxas, é em exclusivo das classes altas de Coimbra. Acha que temos fundamento para os demandar?
Se sim, meta lá a acção que eu comparticipo na taxa de justiça.

DASS!

Anónimo disse...

Eu pago a mesma taxa de residuoa sólidos urbanos e nem sequer tenho contentor do lixo nas imediaçoes da minha casa, nem na minha rua.
Pudera tambem os mais proximos cheiram tão mal que não os quero perto...

Capitão Merda disse...

Dass:
Se eu fosse a si arranjava um advogado para contestar tamanha chulice!
;)

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