Andava com a ligeira sensação de assalto de cada vez que chegava a conta das Águas da Figueira, sim, porque raio hei-de pagar de dois em dois meses cerca de 25 a 29 euros se não tomo banho no escritório, não lavo roupa ou louça por lá, e nem a água que bebo é da torneira?
Hoje, finalmente, resolvo olhar para as parcelas descritivas:
Consumo de água = €1,19, tal como eu esperava, baixo.
Saneamento = €0,59
O que significa que a minha conta de serviços/consumo não ascende a dois euros. Onde estão os outros 23? Resposta: 15 euros e uns trocos de taxa de disponibilidade e sete euros e qualquer coisa de Taxa de Resíduos Sólidos Urbanos.
Fiquei feliz, para dois euros de serviço, pago 23 euros de taxa!
Ah e só para pagarmos conscientes de que estamos mesmo a ser chamados de muito estúpidos: a Taxa de Disponibilidade substituiu o chamado «aluguer de contador», que foi considerado um abuso sobre o consumidor. Muda-se o nome e já está!
dass
4 comentários:
Dói, não dói?
Deixe de pagar, e recorra ao café mais próximo.
Em que ficou o movimento de sublevação contra as tarifas abusivas?
Alguém sabe?
Ficou em...nada. Soube-o agora.
O MP junto do TAF, na senda de outras luminosas asserções, conclui que a tarifa de disponibilidade, ainda que mais não seja do que o fenecido ( pelos vistos reencarnou!) e aberrante "aluguer de contador", radica a sua existência no papel de corrector de injustiçãs sociais. Eu explico.
O Distinto Procurador, conhecedor que será da realidade turístico-imobiliária da Figueira, entende que uma imensa fatia do parque imóvel Figueirense, está nas mãos da classe alta (sic) de Coimbra, que aqui tem 2ª e 3ª habitação. Se assim é, já que não lhes vamos ao bolso pela água que (não) consomem, lá chegamos pela tarifa. Pois, faz sentido. E os outros Senhor Procurador? “Calma meu rapaz”, diz-me ele. Os que aqui residem a tempo inteiro, em casas que nem chegam a 1ª habitação ( por pertencerem a outros, entenda-se), deveriam estar profundamente agradecidos à Águas da Figueira e à classe alta de Coimbra, conquanto pagariam bem mais se não fossem eles. ( Juro que é isto que se extrai do despacho!!!!). Ou seja, as “classes modestas” ( palavras dele!) da Figueira pagam uma taxa de disponibilidade para impedir que os senhores das classes altas de Coimbra, paguem tuta-e-meia por terem água corrente em casa.
Logo -concluo eu -, a culpa da DASS pagar 2 “aérios” de água, e um balde deles de taxas, é em exclusivo das classes altas de Coimbra. Acha que temos fundamento para os demandar?
Se sim, meta lá a acção que eu comparticipo na taxa de justiça.
DASS!
Eu pago a mesma taxa de residuoa sólidos urbanos e nem sequer tenho contentor do lixo nas imediaçoes da minha casa, nem na minha rua.
Pudera tambem os mais proximos cheiram tão mal que não os quero perto...
Dass:
Se eu fosse a si arranjava um advogado para contestar tamanha chulice!
;)
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