domingo, janeiro 24, 2016

MRS

Marcelo ganharia sempre as eleições presidenciais - a única dúvida seria numa batalha com Guterres (que espero ver na ONU). Isto parece-me claro. 

40 anos de exposição mediática do senhor professor que entra em casa, com "afecto" todos os domingos - lê mais do que qualquer um, mas fala do doce da aldeia, do Benfica, do Braga, de Celourico, da avó Joaquina, do Papa e dos portugueses que se distinguem.

A TVI ganhou, nos últimos anos foi a sede de campanha de Marcelo. O papel de comentador é cada vez mais apetecível.

E Marcelo que ganhou, indubitavelmente, ganha fortemente por fechar as eleições na primeira volta, é porque consegue colocar na história a sua campanha (não se olvidando que estava feita em anos de prime time).

Mas, sinceramente, estou convencida que se Seguristas, Assis(istas), Belez(istas) e Belém não têm tentado afrontar o líder Costa, na escolha do seu candidato - com o fito único de lhe impôr uma derrota e de mostrarem o seu poder - Sampaio da Nóvoa iria a uma segunda volta.

As eleições estão feitas, a democracia cumpriu-se e a verdade é que ninguém acha que Marcelo será um Presidente mal preparado ou pior do que Cavaco. Temamos apenas aqueles assuntos sobre os quais têm ideias fechadas e conservadoras - a evolução civilizacional não pode ter zonas obscuras ou que fiquem em pausa.

Belém perdeu, seguramente. O resultado é inenarrável e o discurso dos seus apoiantes foi um fel perdedor.

O PS reage, primeiramente mal. Se não apoiou nenhum candidato não se percebe como Catarina vem aceitar o resultado com humildade.

Costa emendou e fez um curto é bom discurso institucional.

 O PCP, com um candidato que merecia mais, teve um resultado de teimosia por não ter apoiado Nóvoa - e escusava de ter tido mais este medir de forças com o BE - de que sai derrotado.

H.Neto perdeu. O país não é o seu império empresarial ou familiar que vive as suas regras porque se fez a pulso e todos têm de o reconhecer.

Cândido foi assustador.  Não  perdeu porque nem chegou a sair do anonimato (mesmo em campanha).

Sequeira conseguiu o seu objectivo: projecção, sair do anonimato, melhores contratos certamente. Andará por aí, a política não é o seu objectivo.

Tino ganha pelo resultado, ganha pelo prolongar da sua carreira política e por consolidar a sua imagem mediática, seja para eleições locais, seja para shows em casas fechadas com câmaras.

Paulo Morais foi derrotado. Ninguém escolheu este vingador. À custa da corrupção não cavalga a onda que só ele vê. 

Marisa e o BE ganharam. E Marisa ganha duplamente por ser excelente deputada no PE e por não ser tão crispada como alguns elementos do Bloco. É seguramente mais serena e consolida, com o Bloco, os bons resultados do partido.

Sampaio da Nóvoa, o supostamente sem notoriedade, ganhou. Ganhou pela percentagem, pelo contributo, pelas suas intervenções, pelo seu discurso e mobilização. Foi um honroso segundo lugar de quem tem muito para contribuir para o país. Ganharemos todos se soubermos colher o seu contributo.

Março vai ser um mês fantástico: adeus Cavaco, adeus Portas.

Próximo empenhamento: Guterres na ONU.

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