domingo, agosto 31, 2014

Ahhhhhh

Cheguei à Figueira. Deviam ter ouvido a emoção, os gritos, mal saí do carro.
Ou isso, ou foi golo.

quarta-feira, agosto 27, 2014

Lagarde


Os portugueses viveram acima das suas possibilidades.
Lagarde, efectivamente acusada no caso Tapie, exerce cargos acima da sua responsabilidade.

(imagem daqui  http://representingthemambo.files.wordpress.com/2012/05/christine-

domingo, agosto 17, 2014

Oi?

Zeinal Bava  ou " Sai Mal À Brava" "O gestor que várias vezes, ao serviço da PT, ganhou em Portugal, e na Europa, o prémio de melhor CEO (Chief Executive Officer), prepara-se para ganhar no Brasil, como presidente da Oi, o prémio de melhor CEE (Cara Eu Escapei)".



Assim escreve Rui Cardoso Martins nas suas Personagens de Ficção, Público. 

Domingos de loucura

UComo passar um domingo, cheio de calor, em pleno mês de Agosto?
Fácil. É a loucura: fui arrebanhada para levar a mãe e a amiga a visitar dois cemitérios, um na Figueira e outro na Pampilhosa. É um dia de praia diferente.
Primeiro impacto: estão mais de trinta graus e a vizinha vem de camisola de lã, de manga comprida, sim, uma camisola de malha. Há que convencer a senhora a tirar a camisola, sim, porque debaixo daquela ainda há blusa e camisolinhas.
Depois, não esquecer: é suposto lembrar as senhoras que têm de ir bebendo água. Mesmo com reclamações, de que não têm sede.
Preparemo-nos: a mãe reclama, com pressa, a toda a hora. Obviamente este meu mau feitio não foi obra do acaso, nem do Espírito Santo. Pensando melhor, do Espírito Santo pode ter sido, afinal a mulher não saí da missa. Mas, obviamente, foi do Espírito Santo Mau.
Para melhorar são as duas surdas que nem portas. Mas, obviamente, sem aparelho.
Isso significa que falam as duas ao mesmo tempo: uma ao meu lado, a outra no banco de trás. Depois irritam-se mutuamente porque a uma pergunta a outra responde sobre outra coisa qualquer. 
Eu estou na nobre missão de conduzir, estremecer com os gritos e traduzir as conversas pausadamente e em tom audível, servindo de interlocutora de ambas. Esqueçam música.
Cumprida a missão dos cemitérios, há que zarpar dali. Sim, que não é nada agradável estar a pensar que se merece ganhar o céu, quando se está num jazigo onde permanecem vazias, a ameaçar, duas prateleiras. Com a sorte que eu tenho o Euromilhões há-de vir no dia de São Nunca, mas este prémio é capaz de me ser atribuído com carácter de prioridade.
Vamos, por fim, almoçar, Santa Luzia.
Mais uma vez temos de pôr ordem na casa. O raio das velhas querem rodízio. Era o que faltava.
Eu quero peixe, rodízio para mim é banana frita e salsicha, abacaxi e chega. Obviamente que me guardo para sobremesas. 
Em contrapartida se as ponho a comer rodízio: uma reclama entre cada tempo de espera, primeiro que percebam o que eé cada peça estou tramada, eu e os empregados. E depois temos outro ligeiro problema incompatível com rodízio: uma come como se não houvesse amanhã (ao almoço), o que significaria que, ainda que a reclamar do tempo, estaríamos aqui uma eternidade.
Esta coisa de cemitérios, ganhar o céu e eternidade, não me está a soar nada bem.
Mas o pior seria a outra, a amiga, que quereria levar o rodízio todo para os cães, em casa. E não sei se havia como lhe explicar que isto não funciona assim.
Por fim querem peixe.
Eu escolho o peixe, com meia ajuda delas, que estão sempre mais concentradas nos pratos das mesas alheias do que na ementa.
Sim, continuam a reclamar porque uma come entradas, a outra acha que é muito pão...
Não sei se já referi que reparam que na mesa ao lado comem muito e que há umas mulheres aqui que são doidas a beber.
Há ainda o pormenor de estarem convencidas de que nos outros carros vai gente do Governo, tais são os mimos com que os brindam.
Vou regressar, quero ir à feira de velharias na Figueira da Foz. É coerente.





sábado, agosto 16, 2014

Há muitos cornacas a montar o elefante português

"(...) um arquiduque, um rei, um imperador não são mais do que cornacas montados num elefante".
José Saramago, in "A viagem do elefante"

quarta-feira, agosto 13, 2014

Ex.mos senhores da TVI24, venho, pelo presente, pedir, encarecidamente, que da próxima vez que convidem Nuno Melo (el cagão mor) para um debate, convidem, como seu interlocutor, Augusto Santos Silva, ou João Galamba. Peço perdão, a estes últimos senhores, por lhes dar um objecto de tareia tão abjecto.

Moda

A gravata é má, mas combina com o rodapé.

sábado, agosto 09, 2014

TAP

Eu sou absolutamente pelo direito à greve. 
Entendo, sobretudo, que os motivos dos pilotos da TAP são graves e importantes para todos.
Esclareça-se mais este fenómeno sugados de dinheiros e de preparação para privatização.
Mas se Jaime Prieto é funcionário da TAP faz declarações que configuram graves infracções disciplinares.

Mar me quer

"Mar me quer", 
Mia Couto

E o mar chega no fim aos nossos olhos.
É maravilhoso.

Com que idades deixam de fazer birras?

Eu juro-vos que está aqui um homem ao lado a fazer uma birra porque pediu um crepe com gelado e o crepe estava quente.
Abana a perna, diz à namorada: "Cláudia, deixa-me estar", "que estupidez", "não comas crepes", "molho de gelado, onde já se viu?" Todo ele é birra.
Pior já aqui chegou em passo acelerado, à frente da namorada, sem camisola (ele), atirou a camisola para cima da mesa para guardar lugar, foi ao estabelecimento (pré-pagamento) pedir para ele. 
"Pediste para mim?"
"Não ía escolher para ti".
"Escolheste gelado de quê?" 
"sei lá, deixa-me estar".
Aiiiiiiiiiii, mas com que idade é que estas criaturas deixam de fazer birras e se tornam educadas, e já agora, cavalheiros?

Adoro esta característica nos homens: "Ah e tal, as mulheres são umas chatas, e implicam, e aborrecem. Quem manda é a mulher, porque eu não estou para me aborrecer."
Mas depois, na realidade, tudo gira à sua volta: fazem birra, armam-se em todos poderosos, não fales, deixa-me, estou de trombas, tenho razão...
Pior, agora lembrou-se do "são horas", e acaba as perguntas com um estar dedesdém "afinal?"
Credo, nalguma galáxia esta criatura acha que é desejável como parceiro?

A definição de TPM deve ser isto. Os homens têm todos os sintomas, só lhe falta a superioridade de serem mulheres.

Mas porque será que eu não nasci lésbica?


sexta-feira, agosto 08, 2014

Regulador

Eu percebo que Carlos Costa seja o Governador do Regulador. De facto, já alguém lhe devia ter incorporado no rótulo «regulador de acidez». Tem-me causado azia.



Granadeiro

Granadeiro afirma que só não se demitiu antes porque queria cumprir a fusão da OI com a PT e assegurar as condições de igualdade na fusão?
Hahaha, há tipos com piada (leia-se lata).
Como sempre está malta acha que está "acima disto tudo". Os amigueiros fazem favores aos amigueiros, à elite, aos que são da mesma estirpe superior. Só é pena é que o façam com os recursos dos "que pagam isto tudo".

quarta-feira, agosto 06, 2014

Não: todos os nomes, mas um único nome.

É com pungente tristeza que tenho verificado que os pais das adolescentes que de noite pululam (leia-se: bebem, cabritam, berram, choram, assassinam reportórios musicais, exacerbam efeitos de bebidas), tiveram uma pobre imaginação na escolha do nome das crias.
A menos, claro, que sejam todos da mesma família e se tratem pelo sobrenome.
É que, ao que posso apurar, longas horas na madrugada, todos se chamam "Ó Caral*o".

P.S. A maravilha da adolescência é a vontade imbatível se sair, de estar com os amigos, ter sempre assunto para conversar horas com os amigos, e mal as pessoas se separam já têm o que falar ao telefone. Ou era assim, antes de haver PlayStation.
E não esqueçamos as paixões avassaladoras à primeira vista, seja numa fotografia de revista, num ecrã de cinema, num videoclip, ou pelo rapaz mais giro que passou.

Intervenção.

Acho que devo avisar que resolvi separar a parte boa da parte da minha situação económica.
Na parte boa fica a casa, na parte má a hipoteca.
Debrucei-me sobre está minha nova situação económica e depois de muito pensar chamei-lhe "situação nova".


terça-feira, agosto 05, 2014

Prometo

De Nuno de Figueiredo, in "do amor e do desejo".

domingo, agosto 03, 2014

Tourada na Figueira da Foz

Hoje há tourada na Figueira da Foz. Hoje há animais sacrificados e feridos não para comer, não com o menor sofrimento possível, mas em nome de uma tradição cultural. 
Enquanto não houver, em Portugal, touradas em que não se espetem os touros, e em que o vermelho do seu sangue se misture com lindos fatos e longos aplausos, sou absolutamente anti-touradas. Mas sou também absolutamente contra movimentos anti-tourada que agridam pessoas ou animais em nome deste valor.

Guantanamo

Na sicnotícias foi apresentado um trabalho de qualidade sobre os apanhados, torturados, ilibados de Guantanamo. Homens a quem se roubou a vida e que continuam no horror porque nenhum estado acolhe não condenados, inocentes jurídica e realmente, com o selo Guantanamo.
Este é um horror que a todos nos deve fazer pensar, como a permissividade da tortura e do cativeiro sem julgamento, em nome do combate ao terrorismo, pode destruir vidas.
Dois valores importantes numa tensão dialética. Com a tortura e a pena de morte não se pode contemporizar, a injustiça sobre inocentes é um preço demasiado alto a pagar.
Na peça o que mais me chocou é que sobraram, em Guantanamo, sem vida, sem futuro, sem solução, homens que os próprios EUA consideram inocentes e que mesmo assim continuam a ser torturados: alimentados à força, amarrados, porque a opção greve de fome não pode resultar na sua morte. Não ficaria bem nas estatísticas e contas do regime.

sábado, agosto 02, 2014

PSP

Paulo Saragoça da Mata comenta a actualidade nacional e estranha que a agentes da PSP, condenados por envolvimento em rede de furtos, tenham visto a sua pena de prisão suspensa na sua execução.
Eu apenas estranho que o Tribunal não tenha aplicado pena acessória de proibição de exercício da profissão.
A autoridade nacional pode decidir a expulsão, é certo, mas um Tribunal não pode cogitar que um polícia que se alie a furtos ou venda de material furtado possa, hipoteticamente, voltar a exercer.
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