segunda-feira, julho 07, 2008

Tudo por um café!

Começo o dia por acordar os meus pobres vizinhos turistas, com duche e secador pela madrugada. O famoso duche antes de... e depois de... dormir, obviamente! E sigo para a minha caminhada pela marginal.
Acredito que seja fácil de identificar. Sou a única louca de saltos altos a fazer a Avenida. E mais nada. Os pés não são meus? As costas não são minhas? Os saltos também não são meus? E se eu já gostava de saltos... imaginem a devoção depois de saber que os saltos altos melhoram a performance sexual!
Escusam de pensar largar um qualquer azedume. Porque vocês também andam todos preocupados com o colapso da Segurança Social e não sabem se chegam à idade da reforma! Logo, é normal que eu me preocupe com uma boa potencial performance... quando eu for para um lar não sei fazer ponto cruz, não sei fazer crochet, adoro jogar qualquer coisa mas abro falência antes da primeira rodada... o melhor é ir preparando alguma arte!
Já depois de ter passado o famoso barco, que ainda vai em 16 andares de apart-hotel... sacanas denunciadores. Aquilo dava para fazer uns apartamentos tão giros... e até acho que dava para mais um andar ou dois. E os mentores até pensaram bem... ora vejamos, está bem que as outras construções são mais baixas,... ordenamento do território, protecção da costa, alinhamento urbanistico, mandato presidencial, investigações, blá, blá, blá... ora não é verdade que a costa está a afundar? É uma verdadeira caridade social fazer um edifício que é um barco e com muitos andares! Alguém se há-de safar quando isto tudo meter água.
Mas dizia eu que já muito depois do edifício chego a Buarcos. Por causa da ruindade, sai-me logo um senhor que eu já não via desde a adolescência. «Então a menina já casou? O quê, não tem marido, nem filhos, nem nada?»
O telemovel está pago, não serve? Sua Ferreira Leite de bigode!
Refeita deste encontro, dou-me com uma Beata, absolutamente convencida de que vai para o Céu... e acreditem, ela estava lá tão bem!
Vinha a cota a empunhar uma cruz e a pregar com alguém por causa de uns dinheiros. Abandonado esse alvo da fúria divina... já devidamente excomungado, penso eu. Eis-me no caminho da Beata. Ainda por cima de vermelho, qual encarnação do demo. Cheira-me que eu ía patrocinando à cota o bilhete de ida ao Criador!
Resmas de pessoas que se podiam ter cruzado no meu caminho: com Gps de software actualizado, ou não, dignos de lavar a vista ao amanhecer... mas não. Gramei com a Inspectora da ASAE Celeste, que quase me atacou com o rosário, e logo hoje o meu mp3 ía primeiro em mono... e depois desligado «oh minha querida, levas as maminhas de fora e estás a ofender a Deus!»
O dia começou bem! Eu fui esclavagista noutra vida e ninguém me avisou!
Então mas se Deus está em todo o lado, já está farto de ver tudo.
Mas... inhas? inhas? Lá porque eu ofendi é preciso responder na mesma moeda? Como é que era a história de dar a outra face?
Mandem o Criador à Multiópticas! Ainda por cima com o desconto da idade os óculos vão de graça!
dass

domingo, julho 06, 2008

A oeste... nada de novo.

Os últimos tempos têm sido de grandes descobertas...

Descobrimos por exemplo que o amigo R não abre o olho. Não é esse... é o esquerdo. É uma loura que se cola, a menina do apito com corações, tudo ali à mão de semear... e o homem nada... as amigas entram em campo e finalmente houve mudanças. Na pista do Bergantim o R viu uma morena que era mesmo, mesmo perfeita. Mas ir dançar perto dela «... isso dá muito trabalho, ela que venha cá!».
O que dizer? é homem! No fundo nenhuma de nós ficou surpreendida!
Há sempre quem aposte em muitas hipóteses. Afinal o fim-de-semana tem 3 noites, dois longos dias, não há nada como sobrelotar a agenda! Se há homens que têm dois amores, há amigas que têm muitos estupores!
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E além disso... valeria de alguma coisa o batem leve, levemente quando a coca-cola usava o gás todo por ali?
Por falar em coca-cola... a amiga P lá desfez os mitos todos. Sim, senhor. A coca-cola pode causar cancro, pode matar, provocar infertilidade (Deus queira!)... fazer essas coisas todas que se anunciam nos maços de tabaco, mas pelo menos não causa impotência permanente!
O problema maior é mesmo existir uma Espanha aqui tão perto. Mas porque raio não fecham a fronteira?
Pronto na semana seguinte a amiga descobriu o prazer de beber JB servido por um super-homem e a saudade deve passar!
E finalmente... depois das amigas e dos amigos... venham daí as minhas noites.
Estivemos no mexicano... a visitar o Stalone latino! Ah pois é, D. Rámon, passeava-se com uma t-shirt cheia de pedras brilhantes, a fazer inveja às meninas, a dizer nada mais nada menos que Stalone Latino... eis o motivo de eu beber água de luso, bem me queria parecer que aquelas bebidas causavam danos permanentes!
Mas hoje ía jurar que vi no kahlua, em plena tarde de sol, um senhor passear a pé com a família, com um fato do tipo ciclista (mas sem veículo)... com os grandes dizeres Herbalife! Quer-me parecer que se calhar é a água que anda adulterada e eu é que vejo coisas!
Voltando às noites, numa destas semanas fomos dançar. Como tenho sorte, não estava por lá o asiático «saturday night fever», comos seus gritinhos, palmas e piruetas... parecia bom, não fosse calhar-me um cromo que me perguntava «parla português»... e o moço estava cada vez a necessitar de mais espaço, do meu espaço! oh amigo quem foi que te disse que aqui era a terra do encantador cheiro a cavalo? Estás cá com um poder! Levantas mais um bocadinho a sovaqueira e eu fino-me aqui aos teus pés.
Pois foi quando olhei para baixo e ressuscitei! Pensando melhor, e como estás de havaianas... é melhor não desfalecer, que não me dou bem com produtos tóxicos!
E já agora quem foi o iluminado que retirou a grelha dos copos da coluna do bergantim? Aquela invenção de génio que era tão útil? Inicio já aqui um movimento de salvação da grelha de ferro!
E chegou a hora de apanhar ar. A saída com direito a andar a pé um bocadinho é importante... ou a noite tem direito a toque especial e é bom uma caminhada para pôr tudo no lugar... ou simplesmente terminou mais um sábado... e é bom fazer uma caminhada para pôr tudo no lugar.
Eis que numa destas noites, entrego o cartão ao porteiro (e já agora, diz-se boa noite ou bom dia, quando se sai da discoteca?) e eis que está uma daquelas criaturas que não queremos ouvir, não queremos encontrar... e diz ao porteiro (hummm o tal que estava muito in love nessa noite), já tenho companhia!
E eu pensei... «ai tens, tens, e é uma cabra do teu tamanho!» Despedi-me, oooopppss e descobri que afinal a cabra era mais baixa e era eu!
Bem feito, para não ter síndrome de cinderela. Já não bastava a dança do ventre ter-me dado nos nervos, mais o vira dos Açores (... eu sei que lá não há vira, mas viram frangos ou galos a uma velocidade assustadora), na semana seguinte foi pior... com um agarrar que merecia arrecadação!
Já paguei os pecados de sete gerações! Pior do que ir para casa sozinha é não conseguir fazer o caminho em paz e sossego. Eu quero lá saber quem anda com quem e de quem foi a culpa! Posso ir para cima enviar o meu e-mail?
Bem... agora vou ao jantar... e como tenho porteiro de bar aqui à porta, para o moço não ficar chocado por eu comer sempre flocos. Até porque sou a negação da publicidade do jantar kellogs... hoje o jantar é diferente: vou comer flocos servidos numa terrina, hei-de enganá-lo!
Ah e depois do jantar posso simplesmente dormir... também podia fazer outras coisas, mas o artigo da happy não me animou. E não tenho obrigação de fazer nadinha... porque não sou família, logo, não sou obrigada a procriar!
dass
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