sexta-feira, novembro 30, 2007

Quando Deus lhes tira... também lhes devia tirar a ideia!

Há uns dias atrás jantava eu na Trancosense com dois cotas muito meus amigos, que já tinham idade para ter juízo, quando um resolve soltar a pérola «Para mim as mulheres já são descartáveis, para usar e deitar fora».
Ao que o outro remata «Já? Nesta idade é que elas começam a deixar de ser descartáveis».
Meus amigos, eu sei que o sonho comanda a vida, mas havia que impor um bocadinho de realidade na mesa... lá tive de repor a verdade dos factos:
«As mulheres continuam a ser descartáveis, simplesmente, há uns anos vocês usavam e deitavam fora, agora, já só podem deitar fora!».
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domingo, novembro 25, 2007

Quem não quer resposta, não faz pergunta.

Cavaco Silva, em Gouveia, perguntou o que é preciso fazer para que nasçam mais crianças em Portugal.

Ora bem... eu por acaso tinha ideia que Pedro Abrunhosa, há já alguns anos, já tinha avançado, pelo menos, com uma medida possível, talvez...

dass

quarta-feira, novembro 21, 2007

4 da manhã? Hora de Bergantim!

Sábado à tarde, cruzamento acidental a caminho de café na esplanada da Tamargueira. Eu confesso: café na Tamargueira dá-me sempre vontade de visitar as promoções do Lidl, só para ver as coisas inesperadas que por lá aparecem... mas resisti estoicamente, nem sequer comprei a magnífica oliveira no vaso. Até porque vou receber um vaso com piri-piri! Miseravelmente há mais dois bonsai moribundos no meu escritório, tomem isso em consideração na vossa lista de Natal!
Enquanto eu me preparava para comer umas castanhas assadas perto do Cabo Mondego e fui impedida pela amiga A. Ela, inspirada, resolve dizer que as castanhas que a mãe assa no fogo não ficam com aquele aspecto, os vendedores de rua devem usar farinha nas castanhas! Estavam lançados os dados para um Sábado sempre a descer.
Não sei como se aqueceram, mas no Sábado eu ía congelando. O frio faz-me sempre lembrar a frase com que começou o meu insucesso numa certa área, em plena noite de São João, há muitos séculos atrás: «Ai Joãozinho estou com tanto frio». Escusam de dizer que com uma frase destas eu não podia esperar outra coisa. Nada disso! No alto dos meus 13 anos eu já era incapaz de algo tão ridículo. Por isso mesmo, eu fiquei sozinha, enquanto a tonta que lançou a pérola se aquecia com o homólogo do Santo!
Mas voltanto aos 32 anos, no Sábado, descartada para não ficar ao abandono depois de uma água e de algum ataque esfomeado assustador... sim, porque nunca se sabe o poder que uma água de luso pode ter sobre uma louca... fiquei mesmo no colchão, a tiritar de frio até me render ao terceiro edredon (edredão, se insistirem).
Mas não me rendi à horizontal sem primeiro passar por ritual de chocolate, brilhantes, maquilhagem, perfume e... cama, naturalmente com o telemóvel.
Seguiu-se sessão de chocolate, quente ou talvez não... talvez muito quente, tão quente que até deu sono à chávena!
Às 4 da manhã, com um frio de rachar (que não foi só o São João que se zangou comigo. A minha relação com o São Pedro também já não é o que era, envia-me chuva quando eu quero ir passear de manhã e matar saudades, e obviamente escuso de referir a minha relação com o Santo António...) resolvo ir sacudir o sono ao Bergantim (obviamente!)
Lá fui ao bengaleiro, comprar o habitual n.º da sorte que me custa 50 cêntimos e no sorteio nunca me sai nada a não ser a devolução integral dos meus objectos pessoais. Aliás, €0,50 dá direito a duas peças e eu só deixei uma, devia ter pago só €0,25! Ainda com sono... mas qual sono? Tal como eu previa, as minhas preces são ouvidas.
Algo me dizia que um dia eu ía chegar ao Bergantim e ter um George Clooney só para mim! E lá estava ele, fantástico, a olhar para mim, em cima do balcão. E eu pensei... ai seu maluco! Este balcão é muito alto e está aqui muita gente, não posso...
Pois... eu achei que não podia fanar (digo, trazer emprestada) a revista onde o homem estava na capa, mas alguém teve a mesma ideia, porque quando achei que afinal, se calhar, até podia, a
revista já tinha desaparecido. Suasssss desavergonhadas, ladras, aproveitadoras!
A música estava soberba, Muse em Starlight, mas sobretudo em Plug in Baby, Placebo, Smiths, The Cure, Interpol, We Are Scientists... ui tanto, amei! Sim, valeu a pena ter saído da cama às 4 da manhã.
Naturalmente o cotovelo masculino que passou a noite inteira a chocar no meu peito, de modo que me conseguiu ir afastando do meio da pista até à parede, também deve ter achado que valeu a pena. Sim, porque havia com toda a certeza muita coisa onde chocar, mas dificilmente ele encontrava dois amortecedores à altura certa, haja alguém que tenha achado vantagem no facto de eu ser baixa. Oh dançarino da asinha aberta... que tal a versão: não mexe, não estraga, vá levanta lá os bracinhos e agita no ar, como o teu amigo, exacto... shhhhh sem cotovelo a rodar! Irra! Isso é que é pontaria.
Vamos iniciar uma nova etapa. Repitam comigo: «Os 3 sócios do Bergantim são amigos, são muito generosos! Eu pago com agrado o bengaleiro (ponham lá a revista outra vez e à quantidade de peças que eu vou querer ir levar ao bengaleiro, até faço um strip!). Eu patrocino pato à Pequim com um sorriso (e não só). €6 euros por uma água, belíssima vista (desde que me tirem as torres da frente) e excelente música é uma pechincha!
E se alguma vez dei a entender o contrário foi mea culpa, mea culpa, mea culpa». Perdão, não se volta a repetir.
Eu justifico aquilo que parece um epitáfio. Então não é que fui presenteada?! Para eu não ter a mania, eis que recebo um copo no meio da pista... calma, desta vez ninguém me despejou nada em cima.
O Bergantim quis oferecer-me uma bebida, através de um auto-intitulado Relações Públicas que afinal não é relações públicas, nem sócio, nem um dos três Castilhos... estava um bocadinho em negação. O que interessa é que afinal o Bergas não quer matar-me por causa do blog.
Mas a oferta veio logo acompanhada do aviso «Estás sempre a queixar-te de que no Bergantim ninguém te oferece nada, toma, é para ti!»
Eu, que por defeito de profissão aprendi que uma confissão espontânea faz reduzir as custas para metade, nem assobiei para o lado, afirmei logo que dizia isso no blog mas era uma brincadeira, agradeci, mas declinei a bebida. Cá para mim o cigarrito que o puto ao meu lado fumou além da pedra tinha também soro da verdade... e eu ali tão perto...
Amigos, o que é que eu bebo? Água, sumo de laranja, para um intenso e pecaminoso prazer coca-cola, e um Baileys com muito gelo também é bebida para me adoçar. Pois, fui brindada com um Safari Laranja!
Oh amigo, eu nem tenho especial gosto por casacos safari, muito menos em tom laranja, pronto também faz lembrar animais, aliás, animais de grande porte... Ora portanto, Safari?
Eu só quero dançar! Ida ao Bergantim é para aproveitar a música, dançar, dançar, dançar, sacudir a semana, ouivir música fantástica e dormir cansada.
Castilho pode ser um bocadinho sinónimo de Judas... eu pedi socorro, e nada. O melhor que consegui foi a oferta da bebida com o esclarecimento de que o portador não se estava a meter comigo nem com a minha amiga!
Ora, ora, se a coisa já estava a ir mal, só podia ficar pior se me fosse dito «Não fiques nervosa, sinto a tua mão a tremer!»
Pronto, Se eu fosse um avião (mas isto não dá nem para uma zundap famel) tinha-me despenhado.
Então não é que me senti de imediato no meio de uma novela mexicana? A coisa estava de ir às lágrimas, só faltava eu começar a gritar que era a menina pobre e boazinha... obviamente se a novela fosse da TVi eu teria «morrido» há algumas décadas, mas afinal estava viva e nalgum sítio ía aparecer pelo menos um par de gémeos.
Aceitei a bebida e agradeci. Provei... ai, ai, ai nunca mais me queixo do Bergantim. Era preciso envenenar-me, era? era? Não podia antes um certo ruim ter-me oferecido uma mísera aguinha?
Shuiiinnfff
Há realmente quem pague para beber isto?
Ofereci a bebida à amiga que avaliava uma matéria prima que demanda muita mão de obra e me agraciou com um «eu até já gostei disso, mas se o beber agora tripo já aqui».
E... enquanto tocava o Candy voltei para a caminha, não fosse o Safari incompatibilizar-se com o JB e a menina cumprir a promessa.
dass

terça-feira, novembro 20, 2007

Chávez atira aos espanhóis e Sócrates vira peneira!

Chávez vem a Lisboa a convite de José Sócrates e vai, naturalmente, aproveitar o palco da União Europeia e sobretudo o cenário ibérico para fazer provocatórias declarações contra o Monarca e o PM espanhóis... Sempre quero ver se Sócrates tem tintins para resolver este cocktail Malakoff diplomático.
De um lado nuestros hermanos e de outro lado um louco que promete tornar-se eterno, até um golpe de estado, à frente de um país que é uma apetecível «mina» de petróleo, onde a Galp dá passos importantes.
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Este Acórdão é um perigo para a saúde pública

O Tribunal da Relação de Lisboa confirmou por Acórdão, enquanto instância de recurso, a justa causa de um despedimento de um cozinheiro de um hotel, que não informou a sua entidade empregadora, uma unidade hoteleira, do facto de ser portador de HIV.
O Acórdão toma posição clara na discussão em torno da obrigatoriedade ou não de um portador de HIV informar a sua entidade empregadora do facto, eu acho claramente que não existe obrigatoriedade alguma a menos que a entidade empregadora seja o administrador de um ringue de box ou o proprietário de um bordel, os senhores Desembargadores entendem que sim.
Digno de qualquer folhetim terceiro mundista do século passado o Acórdão considera que um cozinheiro de um hotel portador de HIV é um atentado à saúde pública porque existe risco de contágio dos clientes do hotel, através do sangue, suor e lágrimas que o trabalhador possa derramar nos alimentos.
Pois, se o Acórdão provoca sangue ou suor eu não sei, mas que claramente é de ir às lágrimas, disso não tenho qualquer dúvida. O Acórdão ignora que não está provado o contágio por lágrimas e suor, e mesmo que exista ignora o tempo de vida do vírus ao ar livre e a improbabilidade de um contágio por esta via.
Devo dizer que o improvável aconteceu, não é vulgar um tribunal envergonhar desta forma o país, geralmente protege os direitos humanos em vez de os violar de forma aberrante e costuma espelhar um sentir evoluído. Resta-nos apenas esperar que amanhã quando esta vergonha fizer correr tinta em muitos países, os cidadãos dos mesmos tenham a clareza, que o Acórdão não teve, de entender que os portugueses não pensam assim... e é difícil explicar isto, porque a Justiça é administrada em nome do povo.
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segunda-feira, novembro 19, 2007

Serão simpático

Sexta-feira tive uma noite diferente.

Arrumem lá os foguetes, que também não foi assim tãaaaooooo diferente, a Figueira da Foz não tremeu, não foi feriado nacional, nada disso!

Fui ao aniversário de uma amiga, que fez divulgar que fazia a mesma idade que Jesus Cristo, mas esperava ter melhor sorte. Pelo sim, pelo não, eu não deixei que ninguém me beijasse nos dias seguintes (não fosse haver por ali algum Judas).
Antes de continuar eu tenho de esclarecer que, como a Sexta-feira é o dia das greves, naquele dia fiz greve à dieta. Sim, eu aposto que ela me convidou a contar com o facto de eu comer a folha de alface... pois bem, surpresa, parecia que eu não via comida há 3 meses! Quando quiserem comer bem eu dou-vos a morada! Resolvi deixar claro por aqui que não estava em dieta, não fossem pensar: se ela come assim quando está de dieta, imaginem se não estivesse!
Mas o pai dela correu sérios riscos quando me ofereceu o sofá! Eu pensei... ora, deixam aqui a comidinha na sala e eu fico já aqui a nanar (como até tenho insónias, vou ter de continuar a conversar com o arroz doce e com a mousse), mas rendi-me à depressão de uma cachorrinha enorme que pensa que é pequenina e resolvi não ocupar o sofá dela.
À saída a minha amiga resolve comentar o post das cuecas que a minha avó ofereceu à minha mana... que, quem leu o dito, saberá que as magníficas peças de gola alta com algibeira só não me calharam a mim porque a minha avó entendeu que não me iriam servir por eu ser muito mais forte do que a minha irmã. O que eu não esperava é que a minha amiga me dissesse «às vezes ter uns quilinhos a mais é uma sorte», shuuiiinnnfff, tenho de riscar a sinceridade das características que se procuram numa amiga, onde andam as mentirinhas piedosas?!
Mas, enfim... depois de comer que nem um abade, de ainda trazer tacinha com bolinho para a mamã e de ter vergonhosamente chegado a um aniversário sem presente (falha imperdoável), ainda fui à loja da amiga e espetei-lhe um calote de €17! A culpa é dela que vende coisas apetecíveis.
Fiquei a matutar nisto no fim-de-semana... ou seja se ela me diz que tenho quilinhos a mais e eu aproveito de imediato para fazer uma dívida... o segredo do sucesso nas cobranças de honorários aos meus clientes pode estar então ao alcance de uma simples frase: «o senhor está mais magro!» Temos é um problema eu só minto quando me pagam... o que significa que se não passarem o cheque de imediato pode dar-me a febre do soro da verdade e desatar a gritar «seu forte, gordo, autêntico obeso!»
Moral da história, neste escritório foi inaugurada uma nova era, os meus clientes sairão daqui convencidos de que estão magrissimos, pele e osso. E como eu estou certa de que a maioria deles vem aqui a fazer o choradinho de não pagamento pelo simples facto de à porta do escritório haver um lugar para ambulância (sim, a dedução é óbvia, parece que até os ouço pensar: «se há aqui lugar para uma emergência, deve ser por causa dos ataques cardíacos que as notas de honorários da fulana provocam, o melhor é prevenir e nem pedir a conta»), assim fica plenamente justificado o estacionamento reservado, achei que estavam tão magrinhos que até temi que não conseguissem andar pelo seu próprio pé e por isso acautelei-me, não fosse necessário chamar o INEM.
Mas puxando pela memória (isto já não é o que era... falta de exercício!) tenho de me recordar que até já disse a um caloteiro que estava mais magro (o que era verdade, nem tive de mentir) e mesmo assim ele não pagou a dívida... Mas não há regra sem excepção!
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Eu quero uma sede só para mim!

Depois de num espaço de um mês a sede da conselhia figueirense do PSD ter tido necessidade de ser arrombada 3 vezes, eu recomendo vivamente que o novo líder faça uma avença com «o homem das chaves»
Ao não entregar as chaves da sede o líder demissionário prova claramente que não tinha qualquer interesse nesta eleição e segue pisadas ao ameaçar tornar-se vereador «independente».
Não faço qualquer observação à validade do acto eleitoral, desconheço factos e regulamentos, mas para mim, há algo muito claro, se o acto foi juridicamente impugnado, quer corra neste momento essa impugnação ou recurso de decisão sobre a mesma, os estatutos ou regulamentos jurídicos do partido hão-de dizer se a impugnação/recurso tem efeitos suspensivos ou devolutivos. Se tiver efeitos devolutivos obviamente não existe qualquer legitimidade para se impedir o acesso à sede do novo líder. Se tiver efeitos suspensivos também o partido há-de ter regras para essa transitoriedade, nem que seja a manutenção da anterior liderança.
Se um político tem de ter noção do timing, Pernas provou que tem um surpreendente perfil político, sim, porque ninguém daria pela sua ameaça se não fosse vereador numa câmara de «maioria» tão apertada. Nem mais! Eis como surge um valor inflacionado.
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domingo, novembro 18, 2007

O preço da falta de pontualidade

Quarta-feira repeti a dose de julgamento em Coimbra.
Como estava agendado para as 9H45 (horário judicial, o que significa que a hora é um pormenor, começar duas horas mais tarde é altamente provável!), não havia pressa.
Acordei cedo, como de costume, mas também como habitualmente distraí-me sem saber bem como.
Foi assim, que já sem muito tempo para chegar à CP a horas de ver a partida do comboio do lado de dentro do dito, resolvi ir de táxi para a estação.
Na CP lá estava o comboio com destino a Coimbra, pedi bilhete de ida e volta, paguei e o bilhete marcava 8 e 12, o comboio tinha horário marcado para as 8 e 11... assisti à sua partida enquanto guardava o troco.
Ora, sem alternativa, fui procurar um táxi e dirigi-me «armada em fina» de táxi para Coimbra. Basicamente às 9 horas quando cheguei a Coimbra já tinha gasto €4 (escritório-estação), €4,05 (ida e volta para Coimbra) e €35 (Figueira-Coimbra)... ainda ía a tempo comprar um belo vestido... mas o dinheiro estava no bolso do motorista. Lá se foi o pontapé na ecologia e na minha economia.
Mas o pior estava para vir, voltamos ao mesmo: continuo a patrocinar o Bergantim, sim, porque no Sábado quem estava no Bergantim? O táxista, nitidamente porque tinha feito um serviço extra de transportar um pato para Coimbra! Só faltava ter uma t-shir a dizer «patrocínio: Dass e com uma foto de um vestido a afogar-se!»
P.S. Mas ao Bergantim, eu já volto.

terça-feira, novembro 13, 2007

Serviço Público

Já tinha por aqui relatado a aptidão da minha mãe para os remédios caseiros.
Tudo o que digam que faz bem é adoptado em casa. Um dia eu tiro uma foto do recipiente onde ela faz chá com tudo o que já ouviu dizer que faz bem a qualquer coisa. Digamos que ela permanece na versão de numa só chávena curar tudo, não façam é um ar de admiração muito pronunciado pelo facto de verem a boiar uma casca de batata... com toda a certeza o solfato também deve ter uma propriedade medicinal qualquer que desconhecemos.
Depois de o sumo de agrião crú ter entrado de férias há algum tempo (nem gosto de falar disto muito alto não vá ela lembrar-se novamente do nectar), eis que finalmente a televisão portuguesa presta um serviço público de qualidade.
Então não é que este fim-de-semana em pleno horário nobre há uma alma caridosa que resolve falar dos benefícios do chocolate? Não um chocolate qualquer, mas chocolate amargo, com pelo menos 70% de cacau, justamente o meu favorito, que ao que parece além de combater outras carências tem propriedades antioxidantes!
Ontem ao chegar a casa, o que estava em cima da mesa da cozinha? Um magnífico e enorme chocolate preto!
Palmas para a televisão portuguesa! Obrigada, obrigada!
Só não esclareci com a minha mãe foi se a oferta do chocolate é pelas suas propriedades antioxidantes... ou se me está a tentar acalmar outras carências!
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Posso entrar? Ou há balas perdidas?

A. S. Eu estou a tentar publicar um post que não provoque uma Guerra Mundial.
Goradas que estão as minhas esperanças de ser candidata a um nobel da paz, deixem-me dizer que há qualquer coisa de estranho no facto de não sei quantas pessoas, cuja identidade desconheço, se pegarem por aqui. Não estou a reclamar, por mim, voltem sempre!
Cá vai o post:
Está uma manhã de nevoeiro!
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sexta-feira, novembro 09, 2007

Pouca terra, pouca terra...

Na Quarta-feira, um julgamento em Coimbra, deu-me direito a viagem de comboio.

Até me soube bem matar saudades daquela viagem... há coisas que nunca mudam, e uma delas é a curiosidade dos passageiros habituais por passageiros de ocasião.
Resolvi retribuir a curiosidade, ao meu lado a senhora não comeu um pequeno almoço, comeu um grande almoço... irra que eu pensei que ela não ía parar. Depois sacou da lima e vai de fazer as unhas... ai que inveja, eu que até tinha na carteira um magnífico verniz vermelho para retocar!
Estava tudo a correr tão bem. Viagem, mensagem, mp3 e ninguém para me aborrecer. Até que uma senhora resolve obrigar-me a interromper a minha sessão musical, mesmo a meio de uma magnífica interpretação de Placebo de um clássico dos Smiths para me dizer que «se fosse a ouvir aquilo ficava doida»... eu que até estava zen, sorri e não disse nada. Não disse, mas pensei... «minha senhora, olhando bem para si, mesmo sem um leitor de mp3, pelo sim, pelo não... se calhar era de marcar uma consulta na psiquiatria!»
Este imprevisto fez-me recordar um outro diálogo na marginal há uns dias. Quando se está a bater no fundo, não há nada a fazer. Ía eu a andar em paz e sossego e não um George Clooney, nem ninguém parecido com um clone seu, mas sim um avô que devia rezar todos os dias para que os netos não fossem fisicamente parecidos com ele, resolve num gesto nada nojento, pôr a sua língua de fora, basicamente a caminhar na minha direcção e a seguir exclamar «Ai que eu até morria!»
Ora, com o susto e com o cheiro, aliás a ordem é inversa, porque sem dúvida as minhas narinas foram a parte do meu corpo que o detectou primeiro, eu nem tive tempo para nada a não ser desviar-me e informar «Com o cheiro com que o senhor vai, eu diria que já está morto há pelo menos 3 dias!»
Voltando ao comboio, que eu sempre achei que é basicamente uma fábrica de têxteis, lá temos uma senhora de volta de uma peça em linha branca, outras fazem camisolas... e, alto! E alguém borda um pano de limpar pratos. Pronto. Tenho a certeza de que é para mim. Sim, porque mais ninguém deve receber panos de cozinha no Natal. Minha senhora, não precisava de se incomodar, eu já tenho às dezenas... mas atendendo a que nem sequer me conhece, é muito simpático da sua parte!
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terça-feira, novembro 06, 2007

Poupança

Este fim-de-semana resolvi celebrar, mesmo de forma atrasada, o dia mundial da poupança.

Foi assim que no Sábado estive maravilhada a gozar os prazeres do trabalho alheio, em vez de ir logo a correr gastar uns cobres numa esplanada... fui mais tarde.

Porque continuava apostada na poupança, depois do almoço, em vez de sucumbir a algum impulso consumista, resolvi trabalhar...
A noite prometia, mesmo com desencontros combinações... e começava com a hipótese de escolha entre dois jantares, ou até de fusão dos convivas. Antes que tenham alguma ideia libidinosa quanto à fusão (essa não era suposto acontecer ao jantar!), era uma pequena OPA, restava saber que grupo de amigos conseguia fazer valer a sua escolha de restaurante.
Ora, por um qualquer arranjo superior, dou comigo numa reunião, pro bono (quer-me parecer que houve poupança com a ideia), que se prolonga por lá das 9 da noite... e foi assim que, como alguém observou, poupei no jantar. Agora me lembro que tinha um jantar oferecido... (hum, casalinho... que tal marcarmos isto outra vez? Casalinho este que também sucumbiu ao aforro do colchão ao fim da noite, ao que parece em casa divertiam-se mais e gastavam menos! Também quero um carrocel só para mim!)
A noite começou assim num bar, depois dos jantares a que faltei. A bem dizer, antes de chegarmos ao bar, a amiga J afirmou que não tinha bebido nada (nem Piriquita) antes mesmo de se estatelar na escada. Mas quem sou eu para a desmentir? Não rasgou as meias. Pormenor muito importante.
No bar, sob tortura, observo uma tentativa de troca dos meus mais importantes honorários por uma água! Uma mísera garrafa pequenina de água? Água do Luso pode ter muito encanto, como o café, mas daí a cobrir dívidas... também já é abuso! Nem vale a pena tentar valorizar a oferta com a minha boca seca. Poupança sim, calote não! (Acabo de descobrir uma bela frase para decorar a parede do meu escritório).
Houve quem poupasse uma confirmação de que alguns destinos são a Sul, como direi? Para baixo! Mesmo que o mapa pareça interessante. Continuo a achar, que mesmo sem gastar espaço de agenda o sucesso estava à porta. Vamos lá ver, sucesso em vá para fora cá dentro e nunca em vá para fora lá fora mesmo!
E já agora, só porque gosto de fins-de-semana, concordo com uma amiga, ao Domingo devia ser Sexta-feira.
Continuo persistente na intenção de me emancipar na compra de apartamento. Por falar nisso, queria deixar uma ideia aos publicitários do anúncio de um banco... porque é que em vez de concluirem «se não tens pai rico...» não concluem, mais realisticamente, «se não tens pai administrador de um banco»?
Fiz um grande avanço na compra de casa. Não ganhei o euromilhões, mas em contrapartida já comecei a poupar... prescindi de frigorifico! A minha geleira cor-de-rosa de campismo pode ser melhor do que muitos frigorificos!
Se isto fosse um blog culinário eu agora deixava-vos uma receita magnífica de «quente e frio»!
P.S. No que continuei a não poupar foi na minha ida ao Bergantim... consigo sempre pagar €6,5 por uma água e um mísero espaço no bengaleiro! Qualquer dia olho para os Castilhos e em vez de me dizerem boa noite começam a grasnar à minha custa «quá, quá»! Ora... assim, em tom de pergunta inocente: os patos têm dentes?
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Tudo em Pijama!

Apesar de o tempo estar estranhamente quente, as noites arrefecem.

O que significa, minhas amigas, que poderá acontecer que os gigolos, ooppsss, não era bem isto... eu queria dizer especialistas, Homens, Super-homens, que vos acompanhem na cama podem cair na tentação de usar pijama.
Depois de muito pensar no assunto, tenho um conselho: desconfiem de qualquer homem que vá para a cama de camisola amarela... Há cores que só fazem sucesso no ciclismo, mesmo que a prova seja optimamente rapida.
P.S. O conselho é altruista, porque as minhas almofadas ainda não vestem camisola.
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Nem forma nem conteúdo!

Será que o PM vai continuar a sorrir quando perceber que nos próximos debates parlamentares já não vai poder usar a mesma estratégia de «apoucar» o inimigo?
Depois do anunciadíssimo debate parlamentar de hoje, o previsível aconteceu, o que são os problemas da nação perto de tão inflamados egos?
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sexta-feira, novembro 02, 2007

Nem feriados, nem pontes!

Alguém inventou os feriados... E o feriado até estava a começar tão bem. Nada de horários, uma cama e um mouro... de trabalho!
Porque a coisa prometia, passo para uma esplanada, sem ninguém para me interromper, sol, mar, notícias e mp3, telemóvel em contacto... hummm se melhorasse estragava.
Até já me habituei ao facto de (quando me consigo libertar das matracas que me importunam ao Sábado e Domingo de manhã - claro que falo da minha irmã e da A), na esplanada da Emanha a horas já de almoço, ficar eu e uma senhora que deve ter para aí uns 80 anos e é certamente viúva.
Fico sempre em vantagem: eu tenho mp3 e ela não; tenho sempre mais jornais ou revistas do que ela; sou mais nova; não tenho uma filha que me telefona só para aborrecer; não tenho tantos cabelos brancos; tenho dois telemóveis e ela só tem um... Quanto a altura estamos basicamente na mesma fasquia e também não me consta que ela tenha namorado ou marido...
Mas devo admitir que ela estica os pezinhos descalços em cima do muro, coisa que eu invejo profundamente e de vez em quando consegue sacar-me a melhor mesa! Aquilo é que é marcação. Ainda eu estou a pensar mudar e já a cota marcou o território!
Mas lá porque eu disse que era para o feriado não melhorar, também não era preciso piorar! A ideia era deixar estar como estava.
Mas a tarde traria visita aos avós. Lá se foi o descanso e o encanto, mas por uma boa causa.
Ora, ora... então não é que a avó oferece à minha escultural irmã umas... umas... (desculpem, estou à procura do nome certo, não é fácil) cuecas? não. Pelos trinta cm de altura e ocupação de perna teriam de ser cintas, ou ceroulas! Mas eram especiais, pois à frente conseguiam ter um bolso do tamanho de um bolso das calças de ganga. Ou a avó acha que a mana tem dinheiro para guardar aconchegado, ou, os saltos do meu sobrinho mais novo fizeram-na deduzir que a neta virou canguru e lhe falta uma bolsa marsupial!
Heheheh, estava a minha bela mana em estupefacção perante a sensualidade da lingerie ofertada, enquanto eu me sentia verdadeiramente maravilhada, e em vantagem, porque aquela COISA não me era oferecida a mim.
Ficou claro que eu só usaria peças realmente lindas e sensuais, que aquela imensidão de tecido não se coadunava com a minha juventude, que eu não precisaria daquela imensidão de elásticos de apertar barrigas michelin!
Estava quase a perder um dente, tal era a amplitude do meu sorriso... quando a avó declara: não te ofereço nenhuma (aqui está o que eu queria ouvir, pronto, eu já percebi, não é preciso elogiar mais, os actos dizem tudo. Mas já que insiste, pode louvar mais um bocadinho esta maravilha, não se acanhe, mas só hoje que eu sou modesta!) porque como és muito mais forte do que a tua irmã, de certeza que não te servem!
Shhhhhiuuuu, não riam! De certeza que isto só aconteceu por causa do raio da noite das bruxas. É que houve uma engraçadinha qualquer que enviou um ovo certeiro à minha janela. Ao menos, ao que parece, ainda não estava putrefacto! Só por causa disso, mas só por causa disso, vou proteger-me do profano com o Sagrado, ou seja, o ovo há-de estar por ali até que São Pedro o resolva lavar.
dass
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