quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Ministra da Cultura promove cultura de silvas no Mosteiro de Seiça

Ao requerimento do deputado figueirense Miguel Almeida que interpelava a Ministra da Cultura para que revelasse como pretende recuperar o mosteiro de Seiça, Isabel Pires de Lima responde que o mosteiro é da autarquia... logo nada pensa fazer!
Já agora senhora ministra, o Mosteiro de Seiça é da autarquia, não merece atenção do governo, e a colecção Berardo, é de quem?
O Rui Veloso é que sabe quando diz que Pedro Abrunhosa seria melhor ministro da cultura!
dass

10 comentários:

Unknown disse...

Compreenda-se, um ministro da cultura (neste caso, uma senhora ministra?)lá terá que fazer a sua habitual chincana politíca, apenas, porque a observação terá vindo ( bem ou mal, não é isso que se comenta, estou apenas a comentar as afirmações da ministra/ministro da Cultura)de um obscuro deputado do principal partido da oposição. Se tivesse vindo de algum obscuro deputado da bancada do partido no poder, em primeiro lugar a Srª Ministra/Ministro da Cultura perguntaria ao seu partido quem era aquele deputado, de seguida ignoraria a questão, por falta de orçamentação para as questões do património, e iriamos por ai fora etc.,etc. Ora o que podemos constatar das suas palavras, é que pertencendo as ditas ruinas à Camâra da Figueira da Foz poder-se-á deduzir que as ruinas do Mosteiro de Seiça, não são, nem estão em Portugal. Proponho a sua venda imediata, igualmente por descapitalização da edilidade figueirense, a Espanha. Ou então a sua colocação nos arredores da capitalzinha do país...Pode ser que...

Caga-Boi disse...

Acho que os princípios morais do Berardo se ajustam ao estado de conservação do mosteiro...
A ministra deve estar a pensar que o Afonso Henriques é que devia prover ao arranjo do monumento. Afinal, não foi ele quem patrocinou a respectiva erecção?

Anónimo disse...

Não discuto a oportunidade e a falta de sensibilidade das declarações da Ministra. A minha opinião fica para outra ocasião. Mas sejamos sinceros: O convento de Seiça, tal como está, tem recuperação possível para ali se fazer algo que permita o retorno do investimento? Contibuirá, de facto, para a valorização do Património Figueirense? Não é aquela visão passadista de que um conjunto de ruínas é, por si mesmo, cultura histórica intocável? E que coerência há entre a prioridade dessa intervenção e o desleixo do castelo Engº Silva ou do Forte de Stª Catarina?

Quarenta disse...

Não quero entrar em polémicas mas...
Comparar o valiosidade patrimonial-histórica do mosteiro de Seiça, mais ou menos arruinado, com o "castelo"(?!) Eng.º Silva ou o Forte de Santa Catarina...

E já agora, o que se quer dizer quando se fala em "retorno do investimento"?

Anónimo disse...

Falamos da Ministra que, olhando à realidade da situação dos cofres do Estado, não quer assumir compromissos. Não estamos a discutir se devia, ou não devia, preocupar-se com o assunto.
Porque não falamos dos insensatos - Santana Lopes, Rosário Águas e Miguel Almeida - que decidiram "atirar à rua" uma "pipa" de dinheiro, não tendo qualquer ideia, projecto e muito menos capacidade financeira, para o seu futuro?
Para comprarem "marimbaram-se" para o poder Central e agora gritam por socorro, ao mesmo poder?
Brincaram com o dinheiro dos Figueirenses, deixaram-nos empenhados para 20 anos e agora nem sequer têm o bom senso de... estarem calados?

Unknown disse...

A recuperação de monumentos é um processo que deve ser discutido técnicamente, e que não pode ser entendido apenas e só do ponto de vista economicista, que tem sido a visão enformadora de alguns comentários.Eis pois uma boa altura para conhecer a opinião de arqueólogos e historiadores. A questão do olhar e apenas ver ruinas é redutora, convém colocar a questão igualmente em torno da possibilidade, de arqueológicamente, ao proceder a uma profunda investigação e de intervenção no local, tal acção não possa trazer novos dados, outros e maiores motivos de interesse sobre o referido Mosteiro de Seiça. Os politicos fizeram o que deviam fazer...comprararam. Agora outros, possivelmente com outra sensibilidade, devem continuar e procurar os meios para perceber o que pode ser no futuro o referido monumento. Ver em Seiça apenas desperdício e um local com pouco interesse arquitectónico é uma visão redutora. Olhem para Silves ( apenas como exemplo) e pensem.

Anónimo disse...

Permito-me discordar do fundamentalismo histórico de cfreitas. Aceito que o Património construído tem valor simbólico e de memória. Por isso, deve ter prioridade de preservação. No entanto, a sua conservação/manutenção deve obedecer, TAMBÉM, a critérios de gestão e de análise económica sob pena de se tornar um peso enorme para o erário público. O Conservadorismo monumentalista é coisa datada de início do sec. XX, numa época de abundância, do incremento do turismo dito cultural e de algum romantismo burguês.Um edifício, só por si, pode não ter expressão patrimonial e, em minha opinião, é o que NESTE momento ocorre com o convento secular de Seiça.

Unknown disse...

Cara/o Dass (peço desculpa pela ocupação espaço) e Cara/o Gaivota:
Permita-me discordar- de forma cabal- do seu fundamentalismo economicista. A questão da gestão- quer economica quer a ao nivel da intervenção- pode colocar-se em intervenções patrimoniais como a que foi registada na Fortaleza de Sagres, que, como deve saber nunca existiu, e ainda não há muitos anos sofreu intervenções, onde esses critérios que aponta foram simplesmente enviados para o caixote do lixo, porque quem decidiu assim quis. O caso de Silves- que aqui trouxe à colação- servia precisamente para exemplo onde numa cidade alentejana, local onde, para além da memória escrita, sobre a influência árabe, pouco mais existia. A possibilidade de poder estudar e promover intervenções de cariz arqueológico permitiu desenterrar um passado das suas entranhas que, permite hoje a Silves, e até económicamente, tornar-se um polo de conhecimento sobre a permanência árabe na Peninsula e atrair novos públicos e até interesses económicos. A aposta em Silves foi inicialmente encravada pelos tais critérios de que fala. Ora em casos como este, sabemos que a um nível primário Seiça, pode parecer parco de interesse. Talvez, mas isso só pode acontecer a um olhar pouco educado em conhecimento histórico e arqueológico. A defensa do património fica claro que deve obedecer a critérios, mas esses não podem ser exclusivamente economicistas. E, dou por terminada a minha intervenção neste espaço e sobre este assunto, agradecendo a oportunidade de utilizar este blog para o fazer.

Anónimo disse...

cfreitas:
Concordo com o que diz de Silves e poderia dizer de Mértola. Ambos os casos têm um plano estratégico que, além da conservação prevê formas de auto-sustentação. Em Mértola, por exemplo, dizia-me há tempos o Claudio Torres, que só agora há condições para abrir um Hotel, já que inicialmente foi dada prioridade à recuperação de casas de habitação reconvertidas em turismo, garantindo mais valias à população residente. O património histórico é um recurso e pode gerar outros valências culturais e ECONÓMICAS. Neste equilíbrio é que está o "segredo".
Seiça não tem enquadramento possível nestes exemplos!

jg disse...

Não posso comentar este post nem arrisco descer mais pq já estou a ficar com azia...
Quando se diz que cada um tem o que merece, fico na dúvida se merecemos a classe política que temos pelo que somos ou porque a corja não consegue produzir melhor.

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